CHASQUE À
HUMANIDADE
Luiz Pizolotto
e Luciano Salerno
–
I –
Nós
não vimos a chegada – ele habitou entre nós –
Em
filhos, netos e avós fez sua própria morada.
Quarentena
decretada, regras de isolamento.
Iniciava
o tormento em toda HUMANIDADE,
No
campo e na cidade instalou o sofrimento.
–
II –
Do
outro lado do mundo o Coronavírus se veio.
Feito
um potro sem freio, sem esperar um segundo,
Com
seu rancor profundo ceifou a HUMANIDADE.
Mostrou-nos
desigualdade e como quem não quer nada,
Com
população confinada, privou-nos da liberdade.
–
III –
Tenho
fé e esperança… Creio na HUMANIDADE.
A
responsabilidade é caminho pra bonança.
Idoso,
jovem e criança, juntos no “Fique em casa”,
–
Como pássaro sem asa, aprisionado sem voar –
O
importante é respeitar quem essa causa abraça.
–
IV –
Profissionais
indispensáveis abraçaram seu trabalho.
Seguiram
“quebrando galho” pelos dias infindáveis...
Em
gestos admiráveis: garis, médicos, policiais,
Juntos
com tantos mais, seguiram na sua labuta...
Para
enfrentarmos a luta tornaram-se cruciais.
–
V –
E
seguimos a cada instante de olhar firme no horizonte.
Com
um sorriso na fronte e o pensamento galopante.
Que
estejamos confiantes, neste ciclo de falsos lírios,
O
ser vaga em martírios e pensamentos cismados,
Tem
na alma atos ressabiados, utopias e delírios.
–
VI –
Venceremos,
irmanados, a dita calamidade.
Será
outra realidade, nós voltaremos mudados.
Neste
tempo, confinados, aprendemos valorizar:
A
importância de abraçar, de prosear com o irmão,
E
sorvermos um chimarrão com jujos do nosso olhar!
–
VII –
Assim
encilho a escrita e sigo atento em frente.
Com
o dever presente: de fazer a palavra dita,
Não
ser rude e proscrita. Na certeza de um melhor porvir,
A
bonança há de vir! Estendo a mão com fidalguia
Para prevalecer a empatia e a HUMANIDADE existir.