BRISA

Tatiane da Rosa Crestani

 

 

Ser o vento é como a alma perdida

Sentindo de que é brisa sem o ver

E ambos sabem a razão de viver

Que envolve o todo sentir da vida

 

E o Olimpo escreve a alma que, lida

Além da dor sente a brisa do ser

Passando sua escrita, para ler

Com fervor, és a vida enlouquecida

 

E toda a nossa vida, brisa passa

Numa alegria que veio de graça

E sentindo a brisa que veio a mim

 

E a alma perdida deixa rastros

Voando até o Olimpo, com os astros

E a vida mostra seu princípio e fim!

 

Brisa leve, leva alma já esquecida

Neste canto de amor, num envolver

Voa e ecoa na relva a comover

A vida que se via ali perdida

 

Pelos montes então vai enaltecida

Écos além distâncias para crer

Que és a escrita viva que vem nascer

Nesta brisa que vem assim fluída

 

No Olimpo ela é rainha e vem, sem pressa

Canta um coro de anjos, total promessa

És vida num sentir agradecida

 

São acordes e liras com seus maestros

Livre e leve qual pássaros libertos

Fim e início da brisa querubim