A Eterna Busca por Ti

Maria Luiza César

 

Silêncios e calmaria…

O encontro, a euforia…

Planos, sonhos, ansiedades…

Ceifados pela cruel realidade…

 

Silêncio mais uma vez…

Calmaria? Nunca mais

Partiste tão de repente

Levaste embora a minha paz

 

Agora vazia,

Eu que era tão cheia de ti

Vago triste ao sul do mundo

Campeando em outras almas

Aquele pedaço que eu perdi

 

Tapo o Sol com uma peneira

Mas ele ainda arde em minha pele

Queima, ao mesmo tempo que ilumina

E segue me acompanhando pelos caminhos

 

Caminhos que são meus

Pois ninguém soube trilhá-los

Ando fisicamente sempre acompanhada

Por almas vazias que não reconheço

Por isso é que me sinto tão só

 

Indago, por que não te olvido?

Se nem notícias mais tenho de ti

Missivas não mais chegaram

Mas por que tuas memórias ainda habitam por aqui?

 

Ainda és chama viva em meu interior

És fogo que água nenhuma apaga

És lagoa perene que estiagem não seca

És marca feita a ferro quente no mais profundo da minha alma

És a parte de mim que anda perdida

És o coração que pulsa fora do meu peito

 

E como qualquer ser vivo sem um coração dentro de si

Não sou mais viva, apenas existo

Caminho a esmo, procurando por ti