domadores,
meus patrícios
há
miles, por essa pampa
se
diferentes na estampa
tão
iguais em seus ofícios
mesmas
prosas, mesmos vícios
e o
mesmo tino campeiro
homens,
rurais e vileiros
vem
ermanados na farra
de
repassarem nas garras
tropilhas
de caborteiros
a
cada grito de solta
deixa
pra mim, o malino
o
taura envida o destino
que
não precisa de escolta
se,
se agarra dando volta
ou
se arrasta num repecho
pra
livrar dum mau desfecho
que
se apronta nessa hora
vai
um santo em cada espora
e
um tento atado nos queixos
são
tantos os domadores
paridos
nessa querência
calejados
de experiência
e
perícias de doutores
também
são tantos cantores
que
se agrandam nesse tema
cada
um à seu sistema
de
por um home acavalo
ou
simplesmente cantá-los
pra
falquejar um poema
me
gusta, ver um cantor
de
guitarra e alma em punho
forjando
um canto terrunho
solito,
sem fiador
domando
coplas de amores
e
uma saudade gineta
sem
esporas, nem rosetas
só
tendo a luz das estrelas
guiando
a pátria sinuela
sobre
as rodas das carretas
é
por isso que canto
um
domador diferente
da
mesma forma, valente
ma
esquecido, no entanto
não
por Ter menos encanto
mas,
por andar mais distante
quem
mirar num sofragante
ainda
verás esse campeiro
as
voltas com algum franqueiro
na
cortina do horizonte
há
de se Ter mais tutano
se
topar com algum refugo
fazer
respeitar o jugo
por
mais que seja aragano
boi
de canga, meus ermanos
tem
de tudo que é feitio
o
mais manso, o mais bravio
conforme,
se redomoneia
vai
se apartando as parelhas
cada
qual pra sei prestio
boi
lerdo, dá puxador
pra
arrasto ou carga pesada
num
atoleiro ou trepada
nem
precisa fiador
boi
ligeiro, da lavrador
tendo
a verga por regeira
nunca
passa da porteira
do
piquetinho dos fundos
pois
tem no arado seu mundo
e
na canga sua fronteira
quem
vai no coice ou na ponta
isso
aì, até nem falo
porque
outros já falaram
então
eu deixo por conta
pois
pegar a coisa pronta
eu
nunca fiz e nem faço
vou
ocupando os espaços
por
onde me vem o envite
sem
ir além dos limites
da
força dos próprios braço
quem
volteou parelhas loucas
e
outros tantos cavalos
sabe
bem que prá domá-los
a
diferença é mui pouca
um,
leva um tento na boca
o
outro, leva regeira
um,
chergão, cincha, peiteira
e
pelegos sobre o basto paisandú
o
outro, ajojo, e canga de guatambú
tamoeiro,
brochas e canzis de pitangueira
não
vou fechar a porteira
no
arredondar dessa prosa
pois
há boiada teimosa
e
eguada caborteira
pra
nossa indiada campeira
ir
retoçando a pealo
quem
sabe até sujeitá-los
com
bocal ou com ajojo
buscando
um último apojo
de
carreta ou de acavalo