A IRONIA DO MEU FIM

Fagner Meotti
 

Numa noite enluarada caminhava por aí

Sem destino pela estrada sem um rumo pra seguir

Pois pra mim a vida é sem graça se você não está aqui

Sou um pobre João sem nada sem motivo pra sorrir

Minha vida e amargada peço a Deus  o que eu fiz

Pra perder a minha amada e a chance de ser feliz

Hoje todas madrugadas não consigo nem dormir

Sinto as pernas destapadas e você não ta pra me cobrir

Cama assim tão solitária juro a Deus que nunca vi

Levanto e sento na escada pego a foto dos guri

E uma pergunta me maltrata, pó que tinham que partir?

Me perco nas horas ingratas e do sono desisti

O sol já rompe a geada e um novo dia esta por vir

Com o revoar da passarada e o canto do bem te vi

Mas uma idéia encucada me bateu e decidi

Peço a virgem abençoada que olhe e rogue por mim

Pois nessa vida malvada já cansei de existir

Logo pensei na espingarda mas o cartucho eu perdi

A corda no boi ta amarrada e não quero deixar ele fugir

So me resta minha adaga que nunca usei  pois consegui

Com o pai da minha adorada que quando me deu disse assim

-Essa foi feita pra ser usada pra acaba com um infeliz

Era minha sina traçada e desse jeito que eu fiz

Fiz correr pela buchada,a dor mais forte que senti

No fio da faca afiada, a ironia do meu fim

Morrer por perder a minha amada,com a adaga que seu pai.....deu pra mim