PRENDINHA MATEANDO
Valdorion
Klein
Naquele mês de agosto,
Fazia muito frio.
Senti o primeiro arrepio,
Nos campos de Santa Maria,
Lá no alto da coxilha.
Meu destino foi traçado,
Bem como eu tinha sonhado,
Vim morar
Nesta Querência!
Aprendi a caminhar,
Meu chimarrão a tomar,
Com meus pais e meu irmão.
Nesse galpão,
A gauchada reunida,
Minha vida,
De amor a tradição.
Um dia, ganhei este vestido,
Cor de rosa e rendado.
Papai de lenço colorado,
Mamãe ali me via,
Com alegria sorria!
Agora já sou dançadeira,
De xote
bugio e vanera,
E declamo poesia.
Poucos anos passaram,
Hoje estou aqui!
Contando o que aprendi.
Um toque de violão,
O pulsar do meu coração,
Reúne a gauchada,
Bem pilchada,
Nesta roda de chimarrão.