CAMPO TOMBADO

Sebastião T. Correa

 

Que pena, o campo tombando,

Sob os discos de um arado

A coxilha está chorando

Por ter seu ventre rasgado.

 

Ninguém escuta os apelos

Dos quero-queros que gritam.

Seus ninhos, jamais vão vê-los,

E tristemente se agitam.

 

Logo mais, os pesticidas,

Abrirão outras feridas

No seio virgem dos campos.

 

Silenciando a natureza.

As sangas, as correntezas.

As flores e os pirilampos.