ALMA ANDEJA
Sebastião T. Correa
Há um campo largo, muito
largo, imenso
Sob o horizonte de minha’lma
Que muitas vezes, quando paro
e penso
Eu me convenço,
que infinito.
Quanto mais ando, mais se
alonga a trilha
No sem fronteiras dessa gaudériada.
Sigo a boieira,
que se acorda e brilha,
E me acompanha pela
madrugada.
Quem sabe, um dia, quando o
sol da tarde
Tiver tostado, sem fazer
alarde,
E entordilhado
as minhas melenas.
Eu possa achar, nesse andejar
de alma
Um rancho à sombra, pra matear com calma
E uma chinoca
pra aliviar minhas penas.