NOITE ADENTRO
Marco Pollo Giordani
Sangra a coxilha na aba do
poente...
Esvai-se a
tarde!!
Há um cheiro de capim vindo
do campo
E um rumor de água da
vertente.
Mateio!!
Gole a gole... o amargo vai descendo,
Mas que será que há em mim...
Eu não compreendo
Essa inquietude formigando o
corpo?!
Escurece!
Devagarito como um sorro manso,
Encilho o baio farejando o
longe
Depois...um nó de briga
No meu lenço novo;
...Uma alisada na melena
ruiva...
Monto!
E o rumo? - È o mesmo...
Sempre o mesmo...
A mesma trilha que bandeia o
mato
Dando no rancho duma china
alheia!!