PASSOS VACILANTES
Luiz Menezes
Lembras-te amor o quanto era
bonito
Aquele tempo de ternura
imensa,
A desfolhar nós dois a mesma
crença
A sufocar nós dois o mesmo
grito?
Olhar perdido dentro do
infinito
Sem compreender que houvesse
desavença,
Naquele tempo de ternura
imensa
Lembras-te amor o quanto era
bonito?
Sei que não lembras porém não importa.
Grita em minh’alma uma esperança
morta
Em holocausto aqueles tempos
idos...
E hoje que andamos passos
vacilantes,
Vamos deixando mais e mais
distantes
Tempos felizes por nós dois
vividos.