GALPÃO
Luiz Menezes
Velho galpão és o santuário
do gaúcho
Como o mais firme palanque de
emoções.
Tu representas toda a fibra
de uma raça
Que se tempera nos brasedos dos fogões.
Velho galpão onde o porongo amorenado
No hospitaleiro ritual de mão
em mão,
Leva esse mate amargo e verde
acolherado
No simbolismo de um abraço a
um irmão.
Velho galpão que só
entristece à tardezinha
Quando a viola vem chorando e
se avizinha
Desse silêncio que se apeia
pra escutar...
É nessa hora que a saudade manoteia...
No coração rude do guasca há
uma peleia:
Uma vontade em ver a china...E lá ficar.