ESPERA
Luiz Menezes
Perdi a conta quantas vezes triste
Fui à porteira olhar com
ansiedade,
Pra esse caminho por onde
partiste
Deixando ao vento a poeira da
saudade.
Tu prometeste amor que não
existe.
Acreditei, na minha
ingenuidade...
Perdi a conta quantas vezes triste
Fui à porteira olhar com
ansiedade.
E numa tarde quase que
desmancho
Nessa incerteza o nosso velho
rancho
Indo-me embora em busca de
outro chão...
Quando se volta e já ninguém
espera,
Tem-se a impressão voltar pra
uma tapera
Soprar as cinzas da
desilusão.