ATALHOS
Luiz Menezes
Boleio a perna de distantes
plagas
Por onde andei desde que fui
daqui,
Cantei amor em luas
diferentes...
Volto mais velho, velho
QUARAÍ.
Trago emalado
em minha garupa
Troféus e penas - palmas que
colhi -
Buscando a paz em noites de
silêncio,
Volto rondando os céus do
QUARAÍ.
Quero de novo rever velhas
ruas
Onde entre versos e violões
cresci,
Piazinho magro que tinha seu mundo
No céu profundo do seu
QUARAÍ.
E vim disposto a conversar
contigo
Contar-te estórias que longe
aprendi,
Puxar a viola e derramar
saudade...
Sou teu cantor, meu velho
QUARAÍ.
Dizer que fico,
isso não garanto...
Sou estradeiro como um
guarani.
Seduz-me o longe, o desconhecido
Sou tapejara,
velho QUARAÍ.
Porém se a sorte me tocar de
volta
Para as estradas por onde
vivi,
Fica a certeza: Todos os meus
caminhos
Serão atalhos para o
QUARAÍ...