A MÃO QUE SEMEAVA
Lauro Teodoro
A
mesma mão que semeava
Forjou
um progresso de mágoas,
lavrou
o verde dos campos
Degradou a pureza das águas.
Tosqueou
as copas das matas
Aniquilou
a liberdade das asas,
Mudou
o rumo dos ventos
Encarcerou
pássaros nas casas.
Aquela
mão que colhia
Plantou
a luz nas casas,
Colheu
maquinas e riqueza.
Desprezou
a terra e a semente,
Apagou
o calor das brasas,
E
hoje suplica o pão na mesa!