Sempre...
quando
a tarde apeia, na coxilha, ao longe,
separando
as garras, do seu cavalete; um pelegão “pitanga”
(desses
que inté hoje, se discute alpedo.
se
tem valia de pilcha campeira).
Então
...
sob
os alvoredos, num cepito mocho,
a
bombear o ocaso, cambonelo um mate
e,
um jujito - n”água - capincheando” desce
pela
correnteza da osca chaleira!
Me
quedo...
de
manso - como em ressolana -
nessa
tarde bruta de calor medonho!
A
chuliar distâncias e o chegar das mansas
que,
ao tranco, mugindo, vêm lamberem crias
na
jaula de arames, entre puas brabas!
No
palanque...
escarceando,
um mouro, recém galopeado,
a
tentear a rédea, pisoteando a baba!
Oigalê
fim de tarde...
Quase sempre o mesmo, mas nem sempre igual!
-
Inda falta algo nesse cinamomo!
- É
uma pomba rola que ali tem o ninho
e
até agora não voltou pra o pouso!
-
Bem que hoje cedo repontei os pintos,
que
um gavião matreiro andava cargoso!
-
Pobre da pombita, me sumiu das casas,
mas
deixou o rancho para um novo dono!
Ah,
e os frangos...
Quando
o sol se atora na coxilha grande,
já
não fazem “causo” do guri que anda
debulhando
nacos de “galleta” dura, por sobre a varanda!...
Vão
rumbeando, em fila, que o galo - ponteiro -
arrastando
esporas, entonado manda:
-
Todos madrugarem no seu galinheiro!
Ah!
Campanha linda...
Até
os grilitos que me varam noites, têm clarins na voz!
As
pás do moinho são xucras adagas a tourearem ventos!
No
cair da tarde - quando chimarreio - sob os arvoredos
mais
te sinto - pago - me cinchando ao laço
que
a alma guasqueira trançou despacito,
no
meu sentimento!
Sempre...
Quando
o dia finda, pelas léguas largas, desses cafundós,
mais
os quero-queros, meus velhos vizinhos, são mangrulhos vivos!
Quando
a tarde apeia - na restinga funda - nunca fico só!
Um
refrão de vozes, a brotar do chão, afinam seu canto
e,
lá do galpão, um rádio de pilhas, retrechando acordes
me
relembra bailes de levantar pó!
Quando
a noite chega...
Não
importa aonde, sempre tem alguém a cevar um mate!
Sempre
há uma voz;
Um
berro;
Um
relincho;
Um
latir de cuscos;
Um
cantar de galos (qual em primavera);
Um
guri correndo;
Um
prosear e risos
ou,
senão, o rancho... já virou tapera!...