Pago Santo
Jurema Chaves
No meu Rio Grande
Quando o sol deita-se
Para beijar a terra.
Um arco-íres debruça-se na
barranca
E se banha na espuma branca
Da murmurante cascata
Quebra o silêncio da mata
O canto da seriema
Num melodioso poema
Faz poeta cantar
Beleza de céu e campo
Luzeiros de pirilampos
E magias do luar.
Neste recanto sulino
Onde meu sonho menino
Galopa na imensidão
E a força da tradição
Tem morada tem abrigo
Crescendo junto comigo
Nos campos do coração.
Vendo meu pai no galpão
Cevando a cuia para o mate
A cambona chia um canto
E o ritual do chimarrão
Descasa de mão em mão
Como se fosse uma prece
Que o gaúcho enaltece
No altar da tradição!