HINO DE AMOR A VIDA
Jurema Chaves
No natal parei olhando
Pra uma linda menininha
Brincando com a bonequinha
No balanço, abalançar,
No rostinho a alegria
que o sorriso refletia,
tantos sonho pra sonhar.
Pois esta linda criança
Tem pai, tem mãe, tem abrigo,
Tem brinquedos, tem amigos,
Uma família normal.
Nos olhos duas estrelas
Era difícil conte-las
num brilho tão natural.
Contrastando o outro lado
Uma humilde criancinha.
Descalça, muito magrinha,
Da sorte desamparada
Encarando o abandono
Como cãozinho sem dono,
Andando pela calçada.
Parecendo um anjo triste,
Que sem rumo vai andando.
Seu destino carregando
Como um fardo tão pesado,
Pequenina criatura
por ter a alma tão pura
Merecia ser amada.
O seu rostinho abatido
Era o retrato da fome
Porque nada faz o homem
Pra ajudar um
semelhante.
Senti uma dor no peito
Por tamanho desrespeito
Com a criança carente.
Suas mãozinhas pequenas
Pede um pedaço de pão.
Que plante em seu coração
A semente da esperança
A fé na humanidade
Mudando a realidade
Aos olhos desta criança
Você que esta me escutando
Ponha a mão na consciência,
Não te comove,
a inocência,
Deste, ser tão pequenino,
Indefeso e inseguro,
Que tem medo do futuro
Porque sabe seu destino.
E deixe falar mais alto,
A voz do seu coração.
Estendendo a sua mão,
Faça a alegria de alguém.
Seja uma fada madrinha
Desta pobre criancinha
Que vive sem ter ninguém.
Eu queria por um dia
Ser rainha de um reinado.
Pra dar-te um mundo dourado,
Num brilho todo especial
Colorir todos teus sonhos
Ver teu rostinho risonho
Numa noite de natal.
Há... Se eu fosse papai Noel!
Te dava o céu de presente,
Só pra te ver contente
Minha criança querida,
Te abraçar comovida
fazer o mundo mudar
e todos juntos cantar
um hino de amor à
vida.