PRENDA MIRIM
João Freitas
Nasci de um ventre sagrado,
Da mãe que me deu a luz,
Com licença de Jesus
O mesmo me deu noção
E também a permissão,
De eu fazer o que quiser
Em defesa da mulher
Com a pura educação.
Sou o resto de uma raça
Por isto sou sorridente
Sou passado, sou presente
Que se espalha no além,
E sou gaúcha também
E serei a vida inteira
Sou as cores da bandeira
Que a minha pátria tem.
Sou o símbolo de glória
Do meu pago varonil
Sou os estados do Brasil,
Sou os guerreiros de coragem
Dos territórios sou a imagem,
Eu sou a alma do progresso
Eu sou a rima do verso
Eu sou a índia selvagem.
Sou a história dos farrapos
Distinguindo uma batalha
Sou a honra da medalha
Em defesa desta terra
Sou o ser humano que erra,
Sou o pobre desprezado
Que da conta do recado
Na hora triste da guerra.
Eu sou de tudo minha gente
Que tem na face do chão
Sou o amargo do chimarrão
Que amarga até o fim
Eu sou a
flor do jardim,
Da pampa meridional
Da minha terra natal
Eu sou a prenda mirim.