ÍNDIO DE URUCUBACA

oão Alves Garcia

 

No dia que ele nasceu

A lua estava virada

Lá no meio da indiada

Do velho Cacique Doble

O Sidraquinho, tão pobre,

Mas a uruca atrevida

E o único amor da vida

Foi a Rosa do Zinobre.

 

A maior da urucubaca

Que aconteceu para o moço,

Foi um baile do João grosso

Na tal da casa queimada,

Antes de pagar a entrada

E meter-se na festança

Veio logo na lembrança

No cabelo, dá uma olhada.

 

Certa vez com dois bichinhos

Assustei a gauchada

Um veado de dez arrobas

E uma “mica” colorada

No focinho de um guaipeca

Meu avô deu uma dentada

E a cuia de chimarrão

Passou por batata assada.