PAISAGENS DO “AÇUDE GRANDE” FIO DENTAL
Jayme Caetno Braun
Eu tenteio mais um amate
olhando o “açude brabo”,
nesse barulhão do diabo
como estrondos de combate,
enquanto o meu cusco late,
pro lado do litoral,
vem cruzando, por sinal,
um lote lindo pelado,
com aquele troço engraçado
que chamam de “fio dental”.
É um barbante colorido,
de cor berrante e moderna,
passado no entrepernas,
e na cintura prendido,
o fio termina escondido
e reparte pelo meio,
pra mim que domo e tropeio,
lidando com qualquer bicho,
o nome certo, é rabicho,
pra segurar o arreio.
Eu sempre usei o palito,
de guanchuma ou pitangueira,
na vivência galponeira
que integra o meu infinito
e não posso achar bonito
algo que assim me confunda;
não há primeira sem segunda-feira
e a quarta sucede a quinta,
porém a graça despinta;
com esse barbante na bunda.