Marca de Paz

Iberê Machado

 

Garoa guasqueada
Na tarde de agosto.
Os pingos no rosto,
Pé firme no estrivo.
No barro nativo,
O rastro pra trás
É marca de paz
Que anda pra frente
E invida o vivente
A não parar mais.

No tranco estradeiro
A boca vai solta.
A crina revolta.
O freio mascado.
Chapéu desabado
Corpeia a garoa.
O ritmo ecoa,
Parceiro dos ventos,
Marcando momentos
No chão encharcado.