CTG CHALEIRA PRETA
Getúlio Abreu Mossellin
No ano de 84,
Foi fundada esta entidade.
Com suor, força e vontade.
Pegaram junto à peonada
Gente de mão calejada
Levantaram este galpão.
Com amor e tradição,
Que foi feita esta
empreitada.
Onde fica este galpão?
É preciso que eu fale:
É na Morada do Vale
Trajetória de carreta
CTG Chaleira Preta,
Fincada numa coxilha
Como um herói farroupilha,
Com fuzil e baioneta.
É um CTG de respeito,
Organizado e sem luxo.
Onde a prenda e o gaúcho,
Se sentem bem á vontade,
Da grande hospitalidade,
Que a patronagem
oferece,
Pra quem aqui aparece
Visitando a entidade.
Nos fundos do CTG
Tem o galpão da campeira
Onde a cuia e a chaleira
Andam sempre acolherada.
De mão em mão da peonada.
A água está sempre quente.
Que aquece a alma da gente,
Entre causos e risadas.
Galpão feito de madeira
De telha e chão batido.
Mas este sempre varrido
Pelo Antônio o tratador.
Homem de muito valor
De confiança e muito sério.
É de São Chico, o gaudério.
Peão de estância e domador.
Na entrada tem o fogão,
Onde se aquenta a chaleira.
Logo adiante as cocheiras
Que guardam os pingos da
encilha.
Isto é uma maravilha
Pros olhos do andarilho.
Mouros, gateados e rosilhos,
Cavalos desta quadrilha.
Rodeio e festa campeira
Igual a este não tem.
É tanta gente que vem,
Que até falta espaço.
Provas de rédeas e de laço.
Da cadeira e estafeta.
Aqui no
Chaleira Preta,
Cada peão é um amigaço.
Através do verso simples.
Mando o meu abraço.
CTG velho buenacho,
Que resgata a tradição.
No calor do teu fogão,
Que aquece o frio da manhã,
Tapado de picumã
Enraizado no chão.