CAVALGADA DO MAR 98
Getúlio Abreu Mossellin
Foi no mês de fevereiro do
ano de 98
Se a memória não me falta,
Na praia da Duna Alta.
Que começou a cavalgada
Décima quarta jornada
Desta brava trajetória.
Que vai ficar na história,
Pra orgulho da gauchada.
E o CTG Chaleira Preta,
De novo se fez presente
E levando sua gente,
Com muita glória e raça.
Oigalê turma buenacha.
De bota, bombacha e espora.
E largaram praia à fora,
Nesta jornada lindaça.
E o Castorino comandava,
Uma prenda e dez peões.
Dona Cilene, Etevaldo e
Capelão.
Carlos, Reinaldo e Darci.
Zé das Éguas e Iraí.
Nelton. Edson e Ademar.
Pra
cavalgada do mar,
Que nunca mais esqueci.
E no caminhão de apoio,
Onde levava a cozinha,
Getúlio, Bruno e Terezinha
Com muito esforço e fé,
É quem fazia o café,
O almoço e o jantar
Pra indiada se alimentar
E continuarem de pé.
Entre fotos e filmagens,
A gente ia brincando,
Devagar se aclimatando,
Neste ambiente de amizade.
Causos e risada à vontade,
Desta turma companheira.
Conversa séria e besteira
Que só vão deixar saudades.
Aqui termina o relato,
De um peão sem cultura.
Mas que tem a alma pura
Enraizada no chão.
Índio criado em galpão
Que mal sabe escrever.
Mas homem que sempre crê,
Na gaúcha tradição.