PETIÇO
Cyro Gavião
Esse petiço trancho que, ao passito,
Vem chegando co’a
pipa, lá da fonte,
Foi quebra noutros tempos...foi bonito,
Foi mestre, num rodeio e num
reponte.
Mas, hoje, nem o relho, nem o
grito
Da gurizada já lhe altera a
fronte...
Indiferente a tudo, ao
infinito,
A mais um dia que se lhe desconde.
Até dá pena ver esse sotreta,
Trocando perna, ao lado da
carreta,
Num caminhar tristonho, passo
a passo...
Petiço velho... jóia do meu pago!
Saudade amarga que, comigo,
trago,
Espera,...qu’eu também sinto cansaço.