SANTIAGO, BAITA CHÃO!

Albeni Carmo de Oliveira

 

Te apeia no mais, patrício,

Vens ouvir o meu cantar!

Se quiseres, podes ficar

Assim como eu fiquei,

Pois se um dia aqui cheguei

Vindo de outra querência

Sorvi goles de existência

E aqui raízes plantei.

 

Chega, descansa o pingo estradeiro.

Se vens cansado da viagem,

Largue aqui tua bagagem

Plante aqui tua semente.

Verás passado e presente

Que o futuro emoldura

A força, raça e bravura

E os ideais de uma gente.

 

Bebas um pouco da água

Que o Aureliano bebeu,

Te sentirás como eu

Um santiaguense adotivo.

Então verás o motivo

Que canto com alegria,

Em vir morar certo dia

Neste torrão tão altivo.

 

Este chão hospitaleiro

De gente sincera e guapa.

Raiz da cepa farrapa

Que se fundou na história,

Cada luta uma vitória

Seguindo teus ideais

Santiago dos ancestrais

Que não me sai da memória.

 

Santiago da Vila Itú

Onde passei minha infancia,

Hoje a saudade é distância

Dos meus tempos de guri.

Onde bem cedo aprendi

Esta xucra devoção,

E o respeito à tradição

Que nunca mais esqueci.

 

Por isso vejas patrício,

Os campos, matas e coxilhas.

Vejas estas maravilhas

Que canto com emoção.

Venhas, fiques outro irmão,

Venhas raízes plantar.

Depois tu irás cantar

SANTIAGO, BAITA CHÃO!...