Resignação

Poema enviado pelo autor:

André Vilela

do livro “Ágape”

 

Bendita seja a noite de prazer efémero

Que provoque o clímax, na dupla psicologia

Fazemo-lo nostalgicamente, no piso térreo

Dando som à profunda orgia

Dobramo-nos em movimentos,

Reproduzindo sons que lembram a agonia

 

Recordo o instante, que finda o ritual

Deixando-nos saciados da sede de provar 

OH. Que momento animal!

Depois repouso… partido

Sob a atenção do teu olhar

 

Oh, Sarah…

Que me largas, fatigado

Sarah, é o deserto …

Onde me perco, endiabrado

Sarah é leve como a areia

Doce e de olhar terno

És a luz que me encandeia

És como um chicote que me prende

E de seguida me chicoteia

Perdoa-me Sarah… Tamanha submissão

Sei que esperavas de mim, outro posicionamento

OH! Por favor Sarah entende a minha rendição

 

Tão magnífica virtude origina tão profunda resignação