AO EXPEDICIONÁRIO

 Marco Pollo Giordani

 

Me curvo de ti

- Perpétuo vulto da história

Pois trazes no peito a glória,

Que o bronze reverencia,

Andaste em terras bravias

De além-mar muito distante,

Mostrando raça e semblante

Na imagem xucra da cria!

 

Não lutaste por conquista

Nem por gosto de guerrear.

Foste obrigado a pelear

Vingando irmãos inocentes!
foram forças prepotentes

Corja covarde, traiçoeira,

Que nas águas brasileiras

Se achegaram de repente!!

 

Galhardo e bravo soldado

Da elite tropa febiana:

Minha oração te proclama

Pracinha expedicionário;

Nos encontros legendários

Fornovo e Monte Castelo

Pintando em verde-amarelo

Tão sangrento itinerário!!

Rubro sangue brasileiro

Na branca neve da Itália...

Pipocar de mil metralhas

Nos Apeninos romano...

Onde teu vulto aragano

Cobriu de glória a paisagem,

Dando exemplo de coragem

Ao tedesco veterano!!

 

Foi teu chefe- um Rio- Grandense

Lembra Osório o grande filho!

Sendo o primeiro caudilho

Que lá na Europa pisou.

São Gabriel te criou

No elo dos imortais,

- Mascarenhas de Moraes

Que a história imortalizou!!

 

Cruzes brancas de Pistóia

Perfiladas lado a lado

Sepulcrário do soldado,

Que morreu por liberdade!
e que lá da eternidade

Rascunha o chão brasileiro

Livre, gigante e altaneiro

Berço terno de saudade!!

 

Contempla pracinha heróico

O mar de duzentas milhas

Florestas, serras, coxilhas,

Floridas de paz e amor!
e sinta todo o calor

Desse colosso Brasil,

Que um dia no teu fuzil

Fora obrigado a se impor!!

 

Cresci na paz que teu sangue,

Semeou no campo de guerra!
por isso de joelho em terra

Ao pulsar meu coração,

Balbucio esta oração

Neste momento de calma

Como oferenda da alma

Deste taura - teu irmão!!