ANDANÇAS E AMORES
Marco Antônio Dutra
Oigalê Fascínio!...
Quando abro portas
pra esse coração andante,
atropelando em fúrias
Num galope louco
a ruminar lembranças que deixei pra trás.
Trago na memória,
quando noutros tempos
de minhas andanças,
busquei as calmarias,
para amanunciar essa tempestade
de fúrias paixões,
qual a chama viva
a grosar o cerne
de um angico velho.
Junto ao braseiro de um fogo
de chão.
Quando olhei pros restos
da memória gasta,
a rebuscar os sonhos
as lembranças fortes
que deixei pra trás.
Vi a tua forma Garopaba
amiga.
Em devaneios loucos
pra não ir embora.
Porém lá tu estavas.
Encravada na encosta
de dois cerros grandes.
A vestir roupagem de matizes
verdes,
contratar o azul de tuas águas calmas,
que nunca se cansam
de fazer carícias,
nas areias alvas, dessa bela encosta.
Tu és a prenda linda
que me fez pousar
Nesses seios verdes
de silhueta esguia.
E um olhar sereno
de buscar os longes
Onde guarda segredos
de antigos amores.
Quisera ser o vento pampeano.
Ou, o vôo triste de um Tajã
altivo,
pra te levar comigo
apresilhado aos tentos
e enfeitar a orla
da minha Pátria Gaúcha.