RIO GRANDE SAGRADO.

 Jurema Chaves

 

As nuvens passam depressa,

Empurradas pelo vento,

Igual ao meu pensamento,

Na tropilha da ilusão,

Cantar em versos meu chão

O velho pago de Bento.

 

Cantar a verde coxilha

Coberta de um céu anil,

Pedaço do meu Brasil

A minha amada querência,

Cantando com eloqüência

Minha terra varonil.

 

A honra e o estoicismo

Desse meu pago altaneiro

Meu pampa sul brasileiro,

De bravuras e heroísmo,

O amor ao nativismo

De um gaúcho campeiro.

 

A galopar nas coxilhas

De laço preso nos tentos.

O pala voando ao vento,

Chapéu preso ao barbicacho..

Um índio simples, buenacho

Gaúcho, cento por cento.