Quando um Rural se Agiganta
Fabrício Marques
Guitarra, verso e garganta,
- Três armas para uma terra -
Quando as empunho pra
“guerra”
Estribado em sentimento,
Não semeio ferimento
Pra não colher cicatriz,
Peleio pra ser feliz
Defendendo um ideal,
Que acredito imortal
Por ter bom cerno e raiz!
Sou assim: - Simples e firme
-
Feito um ranchito de barro,
Se for preciso esbarro
Mas não recuo,
me nego,
Aos que merecem entrego
Todo afeto e respeito,
Que me governam o peito
E fazem fiador a existência,
Quem não gostar, paciência,
Não mudarei o meu jeito!
E embora muitos mereçam
“Puaços” pelas ofensas
E desrespeito a alguns temas,
Não desperdiço um poema
Com gente de tal essência,
Não que me falte tenência
Ou fibra para tal ato,
É simplesmente o fato
De ter razões pra cantar:
- Verdades, crenças, relatos ...
- Uma cultura a zelar!
Por isso desato dos tentos
Este crioulo protesto,
É só respeito o que peço
Aos que não sabem entender,
Minha maneira de ver
O mundo à minha volta:
- Com o coração por escolta
Sem procurar me exibir -
Se for pecado sentir
Perdoem o que proclamo,
Só canto aquilo que amo,
Pois não preciso mentir!
... Não quero ofender
ninguém,
Tampouco, ter inimigos,
Mas aceitem os motivos
De quem defende o que pensa,
Com toda a força da crença
Que a própria alma encerra ...
Portanto, a pampa é quem berra
Quando um rural se agiganta,
Guitarra, verso e garganta
- Três armas para uma terra - !!!