Entardecer

Dimas Costa

 

Foi sempre no entardecer
quando lá fora eu vivia,
que emocionado eu sentia
as vibrações da poesia,
e então me punha a escrever.
Foi sempre no entardecer...

Quando o Ocidente transcende
em quadros de sombra e luz,
na minha alma se traduz
os anseios de viver.
Por isso escrevo poesias,
e gosto do entardecer.

No entardecer da minha vida,
agora em transe final,
ainda encontro um fanal,
que me concede harmonia.
E na trégua dos anseios,
do mundo cruel, profano,
equilíbrio a minha alma,
no compasso e na calma.
Por isso escreve poesia.